Com o recente rali do mercado cripto, o otimismo entre os investidores segue em alta.
Historicamente, as fases de bull market trazem consigo uma enxurrada de novos produtos e o nascimento de narrativas inovadoras.
No dia 18 de julho, o ecossistema Solana lançou o Trends.fun, uma plataforma inovadora que oferece “tokenização de tweets em um clique”. O lançamento causou grande repercussão imediatamente nas redes sociais.
Em um ambiente saturado de plataformas de lançamento de memes, um produto que transforma tweets em tokens chama a atenção — mas o que realmente colocou o Trends.fun sob os holofotes foi o respaldo de nomes de peso da Solana e de seu ecossistema.
Mable Jiang, fundadora do Trends.fun, já atuou como Chief Revenue Officer da STEPN, foi sócia da gestora Multicoin Capital e gerente de estratégia corporativa na DiDi. Reconhecida como liderança de referência na Solana, Mable construiu uma ampla rede de contatos e influência, tanto no universo Solana quanto na comunidade asiática de investimentos em blockchain. Para o Trends.fun, ela reuniu apoio de algumas das principais figuras do ecossistema Solana.
Dentre os apoiadores estão o cofundador da Solana @aeyakovenko, a presidente da Solana Foundation Lily Liu, os cofundadores da Jupiter, Meow e Siong, o fundador da Kaito AI Yu Hu, o cofundador da LayerZero Labs Bryan Pellegrino e o cofundador da Magic Eden Zhuoxun Yin — formando um grupo de liderança dos principais segmentos do ecossistema Solana.
Com esse apoio estratégico, a estreia do Trends.fun em SocialFi consolida a plataforma na linha de frente da inovação Web3. Depois do sucesso de pump.fun e bonk.fun, o mercado busca ativamente o próximo grande case em SocialFi.
Cada publicação na página inicial conta com botões de COMPRA e VENDA, permitindo negociar tokens baseados em tweets de forma instantânea e simplificada.
Ao clicar em qualquer tweet tokenizado que deseja comprar, o usuário tem acesso imediato a informações essenciais, como capitalização de mercado e distribuição dos detentores.
Para transformar um tweet do X (antigo Twitter) em token, basta colar o link do post no campo principal da homepage do Trends.fun. O processo é instantâneo e dispensa conhecimentos técnicos. Vale ressaltar: cada tweet pode ser tokenizado apenas uma vez, seguindo uma política rigorosa de prioridade de chegada. Após o token ser criado, não é mais possível gerar outro token para o mesmo post.
Entre os tokens mais populares na plataforma atualmente, destacam-se:
O tweet inaugural da conta oficial do Trends.fun (8.447 detentores; US$ 1,49 milhão de capitalização de mercado)
Tweet de apresentação da fundadora Mable Jiang sobre o Trends.fun (3.539 detentores; US$ 205 mil de capitalização de mercado)
Tweet oficial de promoção conjunta de Solana e Trends.fun (657 detentores; US$ 87,5 mil de capitalização de mercado)
Em essência, o Trends.fun proporciona tokenização de tweets quase sem barreiras: qualquer usuário pode criar ativos digitais para publicações no X utilizando uma interface intuitiva, pagando menos de US$ 1 por operação. Cada tweet tokenizado ganha um painel com informações transparentes sobre detentores, capitalização de mercado em tempo real, movimentação no mercado secundário e dados do criador.
Para quem ainda não conhece, DBC significa DeepBrain Chain — um mecanismo desenvolvido para tokenizar conteúdos do X e integrar fluxos de valor e informação. O pilar do DBC é o modelo de emissão com curva de bonding: tokens associados ao link do post podem ser emitidos sem pool de liquidez inicial. O preço do token é formado pela demanda real, não por métricas sociais (curtidas ou retuítes), e o emissor recebe 20% em tokens recém-criados. Esse formato incentiva a criação de tokens sobre conteúdos em alta, permitindo capturar valor diretamente das tendências das redes sociais.
Por exemplo: se o Usuário A encontra uma análise de celular publicada pelo Usuário B no X e lança o token “PhoneHype” usando o Trends.fun, não é preciso aportar liquidez — o token já estará disponível no mercado. Se o post viralizar e mais interessados comprarem “PhoneHype”, o preço sobe. O Usuário A, como emissor, recebe 20% em tokens como incentivo.
O usuário @Viki_Nan.mp3 já divulgou um guia passo a passo com análise detalhada do processo.
(Fonte: @Viki_Nan.mp3)
No geral, o Trends.fun entrega uma experiência de uso extremamente fluida, facilitando a emissão de tokens para qualquer pessoa que enxergue um post como tendência. O modelo de precificação on-chain via DBC garante que o preço de cada token seja ajustado por oferta e demanda reais, evitando manipulação por sinais sociais artificiais como curtidas ou retuítes em massa.
Entretanto, há pontos de atenção. O modelo de negócios do Trends.fun não oferece grandes barreiras à entrada e pode ser rapidamente copiado por concorrentes. Outro aspecto: como os tokens emitidos pela plataforma podem ser negociados em qualquer DEX, usuários podem preferir negociar ativos populares fora do Trends.fun — o que diminui seu papel como principal hub de emissão e negociação. Por fim, o modelo DBC é ambivalente: protege contra manipulação por métricas sociais, mas limita o potencial de valorização impulsionado pela distribuição orgânica de conteúdo de alta qualidade.
Como apontou Mable Jiang, fundadora do Trends.fun, em seu tweet: “A inteligência artificial está reduzindo o custo de criação de conteúdo a praticamente zero. Quando visualizações, curtidas e até postagens completas podem ser manipuladas, o capital on-chain se torna um sinal raro e transparente de consenso legítimo.”
Se o Trends.fun vai redefinir SocialFi ou InfoFi ainda é uma dúvida. De toda forma, em meio à retomada do mercado, cada produto inovador que surge com uma nova narrativa merece ser acompanhado e analisado.