Donald Trump Declara Que Vai Impor Um Imposto de 50% Sobre os Produtos do Brasil

O presidente dos E.U.A. Donald Trump anunciou recentemente que irá impor uma tarifa de importação de 50% sobre bens do Brasil, em um movimento que aumenta significativamente as tensões entre Washington e Brasília. A razão que Trump apresentou foi em resposta a atos que ele considera como "ataques furtivos" à liberdade de expressão e ao direito de voto livre do povo americano. O anúncio foi feito por Donald Trump na plataforma Truth Social no dia 9/7, onde ele atacou duramente o governo do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, especialmente a forma como lidou com o ex-presidente Jair Bolsonaro – que foi um aliado próximo de Donald Trump. Trump chamou Bolsonaro de "um líder respeitado globalmente durante seu mandato" e descreveu a acusação contra ele relacionada a uma suposta tentativa de golpe como uma "caça às bruxas" que deve ser encerrada imediatamente. Ele afirmou que a taxa de 50% começará a ser aplicada a partir de 1/8. Além disso, Donald Trump acusou o Supremo Tribunal do Brasil de ter emitido centenas de ordens de censura "secretas e ilegais" contra as plataformas de redes sociais dos E.U.A., chegando até a ameaçar multar milhões de dólares e expulsar essas empresas do Brasil. Reação do mercado e do governo do Brasil Logo após a declaração de Donald Trump, o real brasileiro sofreu uma queda acentuada, perdendo 2,3% do seu valor e caindo para R$5,58 por 1 USD na sessão de negociação da tarde em Nova Iorque. Ao mesmo tempo, o índice de ações Bovespa do Brasil também caiu 2,3% na sessão de negociação da noite em São Paulo. Reagindo à ameaça de Trump, o presidente Lula da Silva declarou que o Brasil é um país soberano, capaz de gerenciar suas próprias instituições e não permitirá que ninguém os “controle”. Ele rejeitou as acusações de Trump, afirmando que a liberdade de expressão não significa permitir atos de violência ou incitar a subversão. O presidente Lula enfatizou que todas as empresas, sejam brasileiras ou estrangeiras, devem cumprir a legislação brasileira se quiserem operar neste país. O Vice-Presidente Alckmin criticou a política fiscal de Trump O Vice-Presidente e Ministro do Comércio do Brasil, Geraldo Alckmin, criticou publicamente o plano de Trump de impor uma tarifa de 50%, chamando-o de uma ação "inadequada". Falando em Brasília, Alckmin afirmou que não há justificativa para os E.U.A. aumentarem impostos sobre os produtos brasileiros, especialmente quando os E.U.A. estão com superávit comercial com este país da América do Sul. De acordo com o Escritório do Representante de Comércio dos E.U.A., os E.U.A. registraram um superávit de 7,4 bilhões de dólares no comércio de bens com o Brasil em 2024. O Sr. Alckmin alertou que o aumento dos impostos pode ter um efeito contrário sobre a própria economia E.U.A., especialmente na indústria do aço. O Brasil é o terceiro maior cliente que compra carvão utilizado na produção de aço nos E.U.A.. Este país costuma produzir semi-acabados e exportá-los para os E.U.A. para acabamento, portanto, a imposição de impostos apenas aumentará os custos da cadeia de suprimentos das empresas americanas.

E.U.A. amplia a frente tarifária, o Brasil é o alvo destacado A carta enviada ao governo do Brasil é a oitava carta de uma série de cartas que Trump divulgou no dia 9/7, parte de uma campanha de pressão com mais de 22 países para forçá-los a negociar ou enfrentar tarifas pesadas. Antes disso, no mesmo dia, Trump impôs tarifas de 25–30% sobre mercadorias de países como Argélia, Brunei, Iraque, Líbia, Moldávia, Filipinas e Sri Lanka. Países como Japão e Coreia do Sul também estão na mira com a ameaça de tarifas de 25%. Notavelmente, a carta enviada ao Brasil tem um tom mais agressivo e firme do que as outras cartas, embora ainda repita a mensagem sobre "compromisso forte nas relações comerciais com os E.U.A." A intenção de Trump em relação ao Brasil também é vista como uma continuação da ameaça anterior de impor uma tarifa de 10% sobre todos os países do bloco BRICS – grupo do qual o Brasil é um membro fundador. Ele já criticou o BRICS como uma aliança que promove políticas "anti-E.U.A.".

A tensão diplomática está a aumentar A tensão entre os E.U.A. e o Brasil não se limita apenas à questão comercial. Anteriormente, em maio, o Secretário de Estado dos E.U.A. Marco Rubio declarou que Washington estava considerando a possibilidade de sancionar o Juiz do Supremo Tribunal Federal do Brasil, Alexandre de Moraes - que é acusado de ter ordenado o fechamento de contas de redes sociais consideradas responsáveis pela disseminação de desinformação. Também no dia 9/7, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil convocou o encarregado de negócios dos E.U.A. após a embaixada dos E.U.A. emitir um comunicado apoiando Jair Bolsonaro. O Supremo Tribunal do Brasil ainda não se pronunciou sobre o caso.

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