Trump e Musk: a aliança de interesses por trás das eleições nos EUA

Nas eleições americanas deste ano, uma combinação inesperada chamou a atenção - o ex-presidente Trump e o empresário de tecnologia Musk. Musk apoiou Trump com uma força sem precedentes, não apenas doando grandes quantias de dinheiro, mas também fazendo campanha publicamente a seu favor. Esta aliança política explícita não é uma jogada sensata para um líder influente nos negócios, mas Musk parece estar apostando tudo.

Qual é a verdadeira razão que leva Elon Musk a ajudar tanto Trump? Sob as turbulências das eleições, uma negociação envolvendo dinheiro e poder está em andamento.

O total apoio de Musk

Desde que se manifestou claramente em julho, Elon Musk tem apoiado Donald Trump com grande empenho. Em termos de financiamento, Musk doou 75 milhões de dólares ao comitê de ação política que apoia Trump no terceiro trimestre, tornando-se o maior doador além do magnata dos casinos Sheldon Adelson. Esta doação foi, sem dúvida, um grande auxílio para Trump, já que a sua arrecadação de fundos não tem sido tão fluida quanto a dos democratas.

Além do apoio financeiro, Elon Musk também utilizou sua influência para promover Trump. Ele apoiou publicamente Trump nas redes sociais e organizou entrevistas exclusivas para dar voz ao candidato. Em outubro, Musk até participou pessoalmente de um comício de campanha de Trump e fez um discurso no palco.

Recentemente, Musk lançou uma nova loteria, prometendo dar 100 mil dólares todos os dias a eleitores que participem da petição. Embora à primeira vista pareça apenas um apoio à liberdade de expressão e outros direitos, a intenção real é claramente angariar votos para Trump. Essa prática, embora apresente riscos de conformidade, parece não preocupar Musk.

De inimigos a aliados

A relação entre Musk e Trump pode ser considerada cheia de altos e baixos. Após Trump assumir a presidência em 2017, os dois colaboraram brevemente, mas logo seguiram caminhos diferentes. Desde então, a relação entre eles se deteriorou, com várias trocas de ataques nas redes sociais.

No entanto, em menos de dois anos, os dois se reconciliaram. Musk afirmou que apoia Trump porque as opiniões do atual Partido Democrata não estão alinhadas com seus valores. Mas apenas com base em ideais, é evidente que não se pode explicar uma mudança tão grande; a verdadeira razão por trás disso são considerações de interesse.

A contradição entre Musk e o governo do Partido Democrata já dura há muito tempo. O governo Biden excluiu a Tesla de várias políticas de veículos elétricos e ainda iniciou investigações regulatórias sobre várias empresas de Musk. Ao mesmo tempo, os negócios de Musk dependem fortemente de contratos e subsídios do governo. Essa situação contraditória levou Musk a se voltar para o campo republicano.

A troca de interesses por trás

Trump prometeu que, se eleito, criará um "Comitê de Eficiência Governamental" liderado por Musk, responsável por auditar financeiramente o governo federal e propor reformas. À primeira vista, parece que está a trazer especialistas externos para aumentar a eficiência, mas na realidade pode conceder a Musk o "poder de supervisão" sobre os órgãos reguladores.

Como empresário que recebe altos subsídios governamentais a longo prazo, é fácil para Musk gerar conflitos de interesse ao ocupar este cargo. Ele pode usar seu poder para obter mais benefícios para suas empresas ou reduzir os recursos do governo para os concorrentes.

Para Trump, escolher um magnata dos negócios como Musk como aliado pode compensar suas desvantagens no mundo político. E para Musk, apoiar Trump pode ser um atalho para entrar na política.

No entanto, posicionar-se de forma tão clara ao lado de Trump também trouxe riscos para Musk. Ele mencionou várias vezes que poderia ser assassinado, o que é uma preocupação pela sua segurança e um aviso ao Partido Democrata.

De qualquer forma, nesta eleição, Musk apostou tudo. Atualmente, as sondagens mostram que Trump está à frente nos estados-chave, e se ele conseguir vencer, a aposta ousada de Musk pode acabar compensando. Mas, antes que o resultado seja decidido, o destino desses "irmãos de interesses" ainda está incerto.