A Ucrânia ampliou sua campanha de pressão econômica contra a Rússia impondo sanções a 60 empresas ligadas a cripto e 73 indivíduos envolvidos em esquemas financeiros destinados a contornar restrições internacionais.
As novas sanções, assinadas em lei pelo Presidente Volodymyr Zelenskyy a 6 de julho, congelam todos os ativos ucranianos das entidades designadas e proíbem-nas de conduzir negócios dentro do país.
A medida destaca como os ativos digitais estão a ser cada vez mais utilizados para contornar sanções tradicionais e financiar operações de guerra, particularmente no contexto da invasão contínua da Rússia à Ucrânia.
Infraestrutura de mineração de criptomoedas sob escrutínio
As sanções visam especificamente uma gama de atores no ecossistema financeiro digital russo.
Entre as 55 empresas baseadas na Rússia afetadas, 19 são operações de mineração de criptomoedas, 17 operam sistemas de informação de ativos financeiros digitais e 19 prestam apoio à infraestrutura financeira da Rússia, incluindo produtores de hardware de pagamento e facilitadores de pagamento internacionais.
Cinco operadores de bolsas de criptomoedas estão incluídos na lista.
Este esforço coordenado tem como objetivo desmantelar redes de pagamento e transferência digitais que, segundo a inteligência ucraniana e agências parceiras, permitiram à Rússia redirecionar fundos para seu complexo militar-industrial.
Uma empresa não nomeada sancionada neste pacote é relatada como tendo transferido vários bilhões de dólares apenas este ano através de transações cripto, contornando canais bancários tradicionais bloqueados.
Empresas estrangeiras enfrentam congelamentos de ativos
As sanções não se limitam a entidades domésticas russas. Empresas estrangeiras que se acredita estarem a colaborar com instituições russas sancionadas também foram incluídas.
Estes incluem a TOKENTRUST HOLDINGS LIMITED do Chipre, a EXMO RBC LTD do Cazaquistão, e três empresas com sede nos Emirados Árabes Unidos.
Algumas dessas entidades estrangeiras já foram sancionadas pelos EUA, acrescentando uma camada adicional de pressão.
O decreto também visa 73 indivíduos, que vão desde executivos e proprietários das empresas sancionadas até funcionários associados ao Banco Central da Rússia.
Esses indivíduos estão agora sujeitos ao mesmo congelamento de ativos e proibição de atividade econômica na Ucrânia, apertando a rede em torno das rotas de financiamento alternativas da Rússia.
O papel das criptomoedas na guerra
O presidente Zelenskyy sublinhou que a medida não só estava alinhada com os parceiros internacionais da Ucrânia, mas também resultava de uma estratégia nacional independente.
Ele alertou que, à medida que as redes financeiras formais se tornam cada vez mais inacessíveis para Moscovo, o Kremlin está a depender mais fortemente de ativos digitais descentralizados para suas operações.
De acordo com o Presidente, a crescente dependência da Rússia em transações de criptomoeda tornou-se uma preocupação central para as agências de inteligência ucranianas e aliadas.
Zelenskyy também disse que a Ucrânia planeia introduzir novas medidas na próxima semana para sincronizar totalmente com os pacotes de sanções da União Europeia.
Estas próximas medidas visam reforçar o alinhamento da Ucrânia com os regimes de sanções europeias, especialmente nos setores financeiro e de ativos digitais.
Espionagem ligada a ativos digitais
O incidente chama a atenção para as implicações mais amplas do uso de criptomoedas em conflitos globais.
Os ativos digitais, que são descentralizados por design e frequentemente operam além do alcance da vigilância financeira convencional, estão se provando ser ferramentas poderosas não apenas para evadir sanções econômicas, mas também para facilitar espionagem.
Este último desenvolvimento na repressão financeira da Ucrânia reflete uma paisagem em mudança onde as criptomoedas, outrora celebradas pelo seu potencial inovador, estão a ser cada vez mais armadas em lutas geopolíticas.
À medida que os marcos regulatórios evoluem, os governos e os órgãos internacionais estão sendo obrigados a monitorar os fluxos de criptomoedas com a mesma vigilância que fazem com os canais monetários tradicionais.
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Ucrânia intensifica ações contra 60 empresas de criptomoedas e 73 indivíduos por evasão de sanções russas
As novas sanções, assinadas em lei pelo Presidente Volodymyr Zelenskyy a 6 de julho, congelam todos os ativos ucranianos das entidades designadas e proíbem-nas de conduzir negócios dentro do país.
A medida destaca como os ativos digitais estão a ser cada vez mais utilizados para contornar sanções tradicionais e financiar operações de guerra, particularmente no contexto da invasão contínua da Rússia à Ucrânia.
Infraestrutura de mineração de criptomoedas sob escrutínio
As sanções visam especificamente uma gama de atores no ecossistema financeiro digital russo.
Entre as 55 empresas baseadas na Rússia afetadas, 19 são operações de mineração de criptomoedas, 17 operam sistemas de informação de ativos financeiros digitais e 19 prestam apoio à infraestrutura financeira da Rússia, incluindo produtores de hardware de pagamento e facilitadores de pagamento internacionais.
Cinco operadores de bolsas de criptomoedas estão incluídos na lista.
Este esforço coordenado tem como objetivo desmantelar redes de pagamento e transferência digitais que, segundo a inteligência ucraniana e agências parceiras, permitiram à Rússia redirecionar fundos para seu complexo militar-industrial.
Uma empresa não nomeada sancionada neste pacote é relatada como tendo transferido vários bilhões de dólares apenas este ano através de transações cripto, contornando canais bancários tradicionais bloqueados.
Empresas estrangeiras enfrentam congelamentos de ativos
As sanções não se limitam a entidades domésticas russas. Empresas estrangeiras que se acredita estarem a colaborar com instituições russas sancionadas também foram incluídas.
Estes incluem a TOKENTRUST HOLDINGS LIMITED do Chipre, a EXMO RBC LTD do Cazaquistão, e três empresas com sede nos Emirados Árabes Unidos.
Algumas dessas entidades estrangeiras já foram sancionadas pelos EUA, acrescentando uma camada adicional de pressão.
O decreto também visa 73 indivíduos, que vão desde executivos e proprietários das empresas sancionadas até funcionários associados ao Banco Central da Rússia.
Esses indivíduos estão agora sujeitos ao mesmo congelamento de ativos e proibição de atividade econômica na Ucrânia, apertando a rede em torno das rotas de financiamento alternativas da Rússia.
O papel das criptomoedas na guerra
O presidente Zelenskyy sublinhou que a medida não só estava alinhada com os parceiros internacionais da Ucrânia, mas também resultava de uma estratégia nacional independente.
Ele alertou que, à medida que as redes financeiras formais se tornam cada vez mais inacessíveis para Moscovo, o Kremlin está a depender mais fortemente de ativos digitais descentralizados para suas operações.
De acordo com o Presidente, a crescente dependência da Rússia em transações de criptomoeda tornou-se uma preocupação central para as agências de inteligência ucranianas e aliadas.
Zelenskyy também disse que a Ucrânia planeia introduzir novas medidas na próxima semana para sincronizar totalmente com os pacotes de sanções da União Europeia.
Estas próximas medidas visam reforçar o alinhamento da Ucrânia com os regimes de sanções europeias, especialmente nos setores financeiro e de ativos digitais.
Espionagem ligada a ativos digitais
O incidente chama a atenção para as implicações mais amplas do uso de criptomoedas em conflitos globais.
Os ativos digitais, que são descentralizados por design e frequentemente operam além do alcance da vigilância financeira convencional, estão se provando ser ferramentas poderosas não apenas para evadir sanções econômicas, mas também para facilitar espionagem.
Este último desenvolvimento na repressão financeira da Ucrânia reflete uma paisagem em mudança onde as criptomoedas, outrora celebradas pelo seu potencial inovador, estão a ser cada vez mais armadas em lutas geopolíticas.
À medida que os marcos regulatórios evoluem, os governos e os órgãos internacionais estão sendo obrigados a monitorar os fluxos de criptomoedas com a mesma vigilância que fazem com os canais monetários tradicionais.
A publicação Ucrânia fecha 60 empresas de criptomoedas, 73 indivíduos por evasão de sanções russas apareceu primeiro em Invezz